A Semiologia e a pessoa com deficiência

Para o diagnóstico de grande parte das enfermidades a semiologia é de suma importância, pois é o primeiro contato de um estudante de Medicina com o paciente e que incluem a pessoa com deficiência, tema de nosso debate de hoje. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quase 10% da população possui alguma deficiência. Já no Brasil, o número vai para 23,9%, correspondendo a 45.606.048 milhões de pessoas. É importante saber que segundo a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens, deficiência é: “qualquer perda ou anormalidade relacionada à estrutura ou à função psicológica, fisiológica ou anatômica”. E é responsabilidade do governo de criar condições para promover a igualdade da pessoa com deficiência, o que a constituição prevê. Também na Medicina, os profissionais devem voltar o olhar à essa população e suas demandas, de forma a atendê-los com qualidade. Para tanto, te trouxemos os principais aspectos semiológicos no paciente portador de necessidades especiais, retirados do blog da pebmed:  

Região Manobra ou adaptação
Anamnese Coletar com o próprio paciente, e não o seu acompanhante.
Sinais vitais Pesquisa hipotensão postural. Amplitude e simetria dos pulsos mesmo nos cotos em membros amputados.
Ectoscopia Anemia de doença crônica. Avaliação do dorso e dos cotos devido as úlceras de pressão.
Respiratório Atelectasia e derrame em pacientes em decúbito. Presença roncos e aspecto da secreção em pacientes com traqueostomia.
Cardiovascular Adaptação das manobras posturais na ausculta.
Abdômen Distensão abdominal pode ser sinal de patologia intra-abdominal em pacientes com sensibilidade prejudicada. Avaliar presença de bexigoma e/ou fecaloma.
Membros Pulsos e úlceras em coto. Dor do membro fantasma. Sinais de trombose venosa profunda (edema assimétrico e empastamento de panturrilha).

A discussão do atendimento à saúde da pessoa com deficiência é muito mais do que presença de obstáculos aos mesmos nesses serviços, mas sim, a um campo mais amplo e urgente: a necessidade da equidade em saúde.